sábado, 4 de julho de 2009

Roseiral

Testamento enterrado
à sombra do roseiral:

Deixo meu violão
para a balconista da padaria.

Para a velha do sobrado.
A chaleira
que chia Villa-Lobos''.

Para Frei Gustavo,
que costura almas
nas manhãs de quarta.
O livro de poesia
de Augusto dos Anjos,


Assinado:
A menina dos olhos tristes.
Chico me chamava de Carolina,
mas era só um disfarce.


Sou eu a menina
que viu o tempo passar na janela,
sem ver.


P.S:Pensando nesta poesia tive saudades das roseiras da minha mãe - diante das janelas da sala.

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